Literatura feminina, literatura feminista ou literatura universal com olhar feminino? A Coleção Folha Mulheres na Literatura engloba todas essas dimensões da produção literária, sendo mais que a soma de cada uma das partes. Não se limita à experiência feminina, tampouco se destina apenas a leitoras – que, não obstante, continuam respondendo pela maioria do público, no Brasil e no mundo.
Da pioneira Madame de Lafayette, na França do século 17, a ganhadoras do prêmio Nobel de literatura como a canadense Alice Munro ou a romena Herta Müller, a coleção mostra as mutações da condição e da imaginação feminina – dois elementos que se iluminam reciprocamente.
Renomadas escritoras compõem a coleção, como as brasileiras Clarice Lispector, cujo romance de estreia inaugura no Brasil a prosa de sondagem interior, a além de Rachel de Queiroz, Lya Luft, Nélida Piñon e Maria Adelaide Amaral e a portuguesa Florbela Espanca. Além de inglesas como Virginia Woolf, Mary Shelley, Jane Austen e as irmãs Charlotte e Emily Brontë.
Algumas autoras trazem na bagagem referências étnicas e culturais que associam a condição feminina a contextos de profunda desigualdade social e hierarquização dos laços familiares – casos da indiana Thrity Umrigar e da norte-americana de origem bengali Jhumpa Lahiri. A coleção inclui também escritoras cuja repercussão foi amplificada por adaptações cinematográficas de livros, como Fannie Flagg, e traz ainda uma das best-sellers da ficção policial: Agatha Christie, a “rainha do crime”.
A Coleção Folha Mulheres na Literatura traz traduções consagradas para essa biblioteca de livros que, escritos por mulheres, transcendem épocas e gêneros.